Obviamente, já tinha ouvido falar desse lugar, mas nunca tinha visto, nem pesquisado. Eu não tinha noção do que "cracolândia" significava. Eram pessoas exatamente como zumbis, não existe melhor descrição. São pessoas sem vida, esperando virarem alimento para vermes debaixo da terra (se é que irão ser enterradas, né).
Isso me faz pensar a que ponto o ser humano chega por causa dessas malditas drogas. A dependência é tanta, que os usuários largam suas famílias, suas casas, TUDO para viver numa rua como mendigos. Não tem lógica nenhuma.
E o que mais me deixa indignada é que nos dias de hoje todo cidadão que não vive completamente isolado numa ilha sabe dos efeitos das drogas. TODO MUNDO sabe que fumar pode desenvolver câncer, impotência sexual e tantas outras coisas que estão, inclusive, no rótulo dos maços dessa porcaria. Mas, mesmo assim, tu vai numa festa e vê gente da tua idade fumando e, adivinha: se achando o MÁXIMO. Certo, deve ser o máximo acelerar a morte. Deve ser o máximo morar na cracolândia para impressionar as pessoas que passam com o tamanho da estupidez.
Nesse contexto, penso no que leva uma pessoa a fazer isso. Não precisa ser psicóloga para perceber que quem recorre a esses métodos têm alguns problemas. E eu sei que não adianta vir com o argumento de que "todo mundo tem problemas", porque problemas têm intensidades diferentes. A questão que realmente interessa é que criar mais um problema, não resolve problema nenhum. No fim, tu vai estar só piorando tudo e voltar para a vida é muito difícil.
Dizem que a recente propaganda da RBS do Crack, nem pensar fez aumentar o número de consumidores da droga. Única conclusão: como existe gente babaca.
Nossa, Natália! Que insensível!
Não acho. A vida é feita de escolhas e com as drogas é a mesma coisa. Ou tu é babaca, ou tu não é. Ou tu vai se achar o máximo fumando na festa, ou tu vai ter consciência. Ou tu vai virar um zumbi em uma rua de São Pauo (ou de qualquer cidade desse mundo, tu pode escolher), ou tu vai ter uma vida decente.