Amizade é um assunto delicado. Quem nunca achou que ia ser para sempre e, do nada, acabou? Muitas vezes tentei segurar com todas as forças pessoas que eram tudo para mim. Tentava marcar eventos para que pudéssemos continuar juntos, mas a pessoa simplesmente arrumava as piores desculpas, que nem, ao menos, tinham um tom de arrependimento. Insistir se torna chato. Eu me sentia mais chata do que rejeitada quando corria atrás dessas pessoas. Para mim aquilo não era um esforço. Era o mínimo que eu poderia fazer. Com o tempo, óbvio, a gente percebe que a vida muda, os caminhos percorridos mudam e não há como manter tudo da mesma forma que era antes.
O mais engraçado é que, em muitos casos, depois que parei de encher o saco, muitos desses amigos falaram comigo, tentando manter a amizade. E o pior de tudo é que eu não tinha mais paciência. Não tinha assunto e nem procurava ter o que falar.
É a famosa e paradoxal lei da insistência. Parece que quando a gente desiste, a pessoa se toca e vem atrás.
Recentemente, como forma de certo “consolo” uma amiga me mandou a letra de uma de nossas músicas preferidas, o Amanhã Colorido, que diz assim: “não desista de quem desistiu”. Aí me pergunto: será? Para uma pessoa chegar ao patamar “amigo” é por que ela é importante o suficiente para que a luta por ela seja válida. Mas eu acho meio injusto com quem não desistiu. Sei lá. É dolorido ver pessoas se afastando sem motivo. Acho que, muitas vezes, o problema está na comunicação. Aliás, o problema 99% das vezes é por causa da comunicação, ou a falta dela. Poxa, fala o que tem de errado. Ainda mais se as pessoas estão preocupadas e tristes com isso. Isolar-se não resolve nada. Só faz os outros, por fim, desistirem de quem já desistiu e aí acaba. Sem motivos aparentes.
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