28 outubro, 2011

Um bom dia para um bom ano

-Bom dia! - exclamei com a maior das empolgações para o senhor que passava na rua. Logo, o diálogo mental. "O que tu estás fazendo, Natália?! Dando bom dia com empolgação para pessoas desconhecidas, tu odeias is..."

-BOM DIA! - mais uma pessoa recebe meu cumprimento. "O que diabos estou fazendo?!"

Concluo, enfim, que essa sou eu feliz. É estranho, pois, aparentemente, não tenho nenhum motivo especial para estar feliz. Eu estou, simples assim. Talvez seria melhor mudar o verbo: eu SOU feliz.

O ano de 2011 não acabou. Tem muita lenha para queimar ainda, mas não tenho dúvida que esse vem sendo um dos melhores anos. Não sei se é por que ele está bom, ou porque o ano anterior foi tão ruim. Acredito que seja a primeira alternativa. Eu sinto como se, pela primeira vez, estou agindo para um futuro duradouro. Ensino médio é só foco para vestibular. É uma merda, me desculpe. Eu adorava os professores, os amigos, mas de resto...não sinto falta alguma. Esse ano estou aprendendo algo que vou usar para o resto da minha vida, para a profissão que eu escolhi. E não há maior satisfação que isso. Como eu adoro a matemática da vida real (contas como o quanto de salário vou receber, o que posso gastar. Sério, isso é matemática ÚTIL), a física e a química da vida real (QUE SÃO INEXISTENTES, THANK GOD), etc.

Em suma, uma vida profissional se iniciando com o pé direito? Tem como não ser feliz?

Enfim, eu me tornei aquilo que eu odiava; tornei-me a pessoa que dá bom dia com entusiasmo para desconhecidos.

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