27 março, 2012

Silêncio

Eu me pergunto se algum dia vou encontrar o silêncio. Eu me deito e espero perder o controle da minha mente e estou rodeada de sons. Se não é o barulho da estrada que está a alguns metros de mim, é o barulho da minha mente gritando coisas que eu quero esquecer. Eu quero parar de pensar por 5 minutos. Eu quero silêncio. Não quero nem o zum zum de um mosquito.

Quando finalmente acho que o silêncio chegou, a minha mente me prega a maior das peças: ela começa a sonhar. Ela fuça nos cantos mais obscuros e traz à tona coisas que eu nem lembrava mais. Pra quê? Não sei.

Aliás, sonhos. Como são engraçados. Meu consciente sempre começa eles. Depois o inconsciente decide se a história é boa ou não e se deve ser continuada. Eu sempre me imagino no futuro e, estranhamente, eu nunca tenho rosto. Talvez eu ache que eu vá mudar muito em 10 anos, não sei. Mas o lance de sempre ser no futuro é bem interessante. Por que eu iria querer sonhar com o meu presente? Acho que o presente não precisa estar no inconsciente tanto quanto precisa estar no meu pensamento nas outras horas do dia, em que milhares de pensamentos passam pela minha mente.

Estranho, né? Pensar que nunca estarei no silêncio (ao menos em vida, né, hahaha). Mas eu queria um pouco de silêncio. Só 5 minutos. É pedir demais?

11 março, 2012

Lei da insistência

Amizade é um assunto delicado. Quem nunca achou que ia ser para sempre e, do nada, acabou? Muitas vezes tentei segurar com todas as forças pessoas que eram tudo para mim. Tentava marcar eventos para que pudéssemos continuar juntos, mas a pessoa simplesmente arrumava as piores desculpas, que nem, ao menos, tinham um tom de arrependimento. Insistir se torna chato. Eu me sentia mais chata do que rejeitada quando corria atrás dessas pessoas. Para mim aquilo não era um esforço. Era o mínimo que eu poderia fazer. Com o tempo, óbvio, a gente percebe que a vida muda, os caminhos percorridos mudam e não há como manter tudo da mesma forma que era antes.

O mais engraçado é que, em muitos casos, depois que parei de encher o saco, muitos desses amigos falaram comigo, tentando manter a amizade. E o pior de tudo é que eu não tinha mais paciência. Não tinha assunto e nem procurava ter o que falar.

É a famosa e paradoxal lei da insistência. Parece que quando a gente desiste, a pessoa se toca e vem atrás.

Recentemente, como forma de certo “consolo” uma amiga me mandou a letra de uma de nossas músicas preferidas, o Amanhã Colorido, que diz assim: “não desista de quem desistiu”. Aí me pergunto: será? Para uma pessoa chegar ao patamar “amigo” é por que ela é importante o suficiente para que a luta por ela seja válida. Mas eu acho meio injusto com quem não desistiu. Sei lá. É dolorido ver pessoas se afastando sem motivo. Acho que, muitas vezes, o problema está na comunicação. Aliás, o problema 99% das vezes é por causa da comunicação, ou a falta dela. Poxa, fala o que tem de errado. Ainda mais se as pessoas estão preocupadas e tristes com isso. Isolar-se não resolve nada. Só faz os outros, por fim, desistirem de quem já desistiu e aí acaba. Sem motivos aparentes.

01 março, 2012

Hoje uma notícia me entristeceu.
Tudo começou há 7 meses quando comecei meu primeiro estágio. Estava muito feliz, mas com muito medo. Medo de não me adaptar, medo de não ser aceita. Grande bobagem! De cara fui recebida muito bem. Em especial, tinha uma pessoa que sentava praticamente do meu lado. Logo ela me mandou um e-mail com as informações mais importantes e me ajudou o tempo todo. Com o tempo, o gelo derreteu e começamos a construir uma amizade muito bonita.
Amanhã minha amiga Rafaela Kley encerra a participação dela como estagiária do IHU. Sei que ela precisa seguir o caminho dela, que, com certeza, será de muito sucesso, mas eu não queria vê-la partir tão cedo. As manhãs não serão as mesmas, a corrida matinal pelo café também não. Aquele canto da sala ficará vazio.
Querendo ou não, assim é a vida. Nada é permanente, a vida segue sempre em busca do melhor. Porém, a amizade permanece, as lembranças serão eternas e a torcida e admiração também.
Rafinha, admiro-te demais. Muito obrigada por tudo sempre. Tu deixarás saudade, mas sempre estarás no meu coração (e também nos veremos de noite pelo campus, hahahaha).

Luana, Rafinha e eu.