03 dezembro, 2011

Persistir

Certa vez algum publicitário criou um slogan para nós, brasileiros. Dizia o seguinte:
Sou brasileiro e não desisto nunca!
Confesso, muitas vezes utilizei dessa frase de modo irônico, zombando de algo que eu considerava comum a todos os seres humanos, independente da nacionalidade. Porém, em uma cadeira que fiz nesse semestre que passou, aprendi muito sobre a América Latina, um continente que, desde a época da colonização, sofreu tanto. Não quero assumir a posição de "coitadinho". De fato, sofremos muito. Nossas riquezas foram roubadas, nosso povo escravizado, dentre outros elementos. Porém, mais que isso, observa-se nesse continente uma história de luta, de superação que acontece ainda hoje. O Brasil nunca esteve tão em pauta. Com a crise econômica que vem assolando o mundo, a atenção está voltada para os BRICS. E, que surpresa, um país latino americano está ali.
Ora, o que seria isso se não fruto de muita persistência?
Outro slogan que o brasileiro inventou para si mesmo é que aqui tudo é ruim, horrível, da pior qualidade. É só tu ler um jornal pra ver que isso é mentira. Não vou dizer que é tudo uma maravilha. Tem muita merda, muita corrupção, violência, etc.
Dois anos atrás tive uma experiência muito importante. Passei 1 mês nos EUA. Claro que adorei, mas uma das melhores lições que aprendi foi valorizar meu Brasil. Como eu senti falta de coisas que só aqui tem e que eles nunca entenderiam. Meu sonho seria levar os brasileiros para viver lá, um país onde muitas coisas são mais fáceis. Seria ótimo, mas acredito que nos tornaríamos iguais a eles. Nós temos uma luta, nós agimos diferentes, nós somos a América Latina.
Abaixo segue um vídeo de uma música que me arrepia até a alma. Vale a pena.

06 novembro, 2011

Educação atemporal

Aproveitando o clima Feira do Livro, eu e algumas amigas fomos assistir um bate-papo sobre moda e literatura na tarde de ontem. Na mesa de debatedoras tinha 4 mulheres, cada uma especializada em algo, mas todas apaixonadas por moda. Entre elas, umas era psicóloga. Quando chegou a vez dela confesso que me perdi. Não entendi o que ela falava e viajei muito. Algo, porém, acordou-me. Uma velha sentada a minha esquerda começou a falar e falar e falar, como se ela fosse a única na sala, ignorando totalmente que havia a psicóloga discursando.

Aquilo me irritou, mas como eu nem estava prestando atenção, ignorei até a velha. O que veio em seguida me surpreendeu. A mulher sentada na minha frente virou e fez o clássico pedido de silêncio.

- SSHHHHHHHHH! - ela falou com o dedo na boca.
- Ahhhh, mas isso aqui tá muito chato! - replicou a senhora.

Choque total. Nunca esperava ver uma vovó faltar tanto com respeito. A mulher que pediu o silêncio se levantou e, com classe, encerrou o assunto.

- Mas tu tens que respeitar quem está ali falando e quem está ouvindo.

Quase aplaudi. Nunca tinha visto coisa igual. De imediato lembrei de colegas minhas na universidade que agem da exata maneira. Conversam a aula inteira, não têm respeito nenhum pelo professor que está falando. Nesse momento, descobri que aquilo não era uma característica de adolescente idiota e fútil, mas sim de uma pessoa que simplesmente não recebeu educação em casa. E o pior, essas pessoas não mudam. Elas têm cabelos brancos e ainda agem como se o mundo girasse em torno do próprio umbigo.

Eu nem sei o que concluir sobre isso. Fico triste em ver que certas coisas sempre vão existir, que as pessoas não vão ser diferentes na velhice. Elas vão conservar tudo, menos o físico (na melhor das hipóteses).

Agora imagina, essa velha foi a primeira que EU vi. Certamente existem muitas outras. Só que penso que no futuro esse tipo de velha vai ser o triplo de hoje, baseado na educação que a gente vê a cada dia piorar. Vejam o que acontece nessa tirinha:

Parece absurdo, mas eu vi isso tantas e tantas vezes. Pais escravos dos filhos, incapazes de dizer um "não", de dar EDUCAÇÃO.

A gente não sabe o que o futuro nos reserva, mas espero que se eu tiver filhos, eu saiba educar como fui educada. Que eu escute o que eles terão a dizer, mas que eu veja o outro lado também e me posicione do lado certo. Ser pai não é dar o mundo para o filho; é ensinar ele a conquistar o mundo com ética, dignidade e respeito.

31 outubro, 2011

Quando tu envia o e-mail que será o primeiro passo para um sonho se realizar... :DDDDDDD

28 outubro, 2011

Um bom dia para um bom ano

-Bom dia! - exclamei com a maior das empolgações para o senhor que passava na rua. Logo, o diálogo mental. "O que tu estás fazendo, Natália?! Dando bom dia com empolgação para pessoas desconhecidas, tu odeias is..."

-BOM DIA! - mais uma pessoa recebe meu cumprimento. "O que diabos estou fazendo?!"

Concluo, enfim, que essa sou eu feliz. É estranho, pois, aparentemente, não tenho nenhum motivo especial para estar feliz. Eu estou, simples assim. Talvez seria melhor mudar o verbo: eu SOU feliz.

O ano de 2011 não acabou. Tem muita lenha para queimar ainda, mas não tenho dúvida que esse vem sendo um dos melhores anos. Não sei se é por que ele está bom, ou porque o ano anterior foi tão ruim. Acredito que seja a primeira alternativa. Eu sinto como se, pela primeira vez, estou agindo para um futuro duradouro. Ensino médio é só foco para vestibular. É uma merda, me desculpe. Eu adorava os professores, os amigos, mas de resto...não sinto falta alguma. Esse ano estou aprendendo algo que vou usar para o resto da minha vida, para a profissão que eu escolhi. E não há maior satisfação que isso. Como eu adoro a matemática da vida real (contas como o quanto de salário vou receber, o que posso gastar. Sério, isso é matemática ÚTIL), a física e a química da vida real (QUE SÃO INEXISTENTES, THANK GOD), etc.

Em suma, uma vida profissional se iniciando com o pé direito? Tem como não ser feliz?

Enfim, eu me tornei aquilo que eu odiava; tornei-me a pessoa que dá bom dia com entusiasmo para desconhecidos.

15 outubro, 2011

Respostas

Chega um momento em que a dúvida assola minha mente. Eu penso sobre assuntos que, infelizmente, não dependem só de mim. Sempre tem um segundo, terceiro ou até quarto elemento envolvido.
Pedi respostas. Para Deus. Para meu inconsciente. Pedi para dormir confusa e acordar com tudo claro.
Eu decidi correr atrás de soluções. Pedi opiniões. E nessa parte tudo parou. É que nem minha experiência com minhas bolachas alguns dias atrás. Achei que estava pronto, porém pedi opinião. Minha mãe olhou e concluiu que não estava pronto. Precisava de mais uns dez minutos. Não se passaram dois minutos, elas queimaram.
Aprendi que cozinhar exige instinto e creio que assim seja com quase tudo na vida.
Quis seguir o instinto, mas, como sempre, o cérebro ganhou. Decidi ficar em silêncio. Engraçado, mesmo assim obtive minha resposta.
Posso estar concluindo erroneamente, posso estar jogando algo legal no lixo, mas não sei mesmo o que fazer. Estou perdida, mandei um SOS, mas não obtive resposta, pelo menos por enquanto. Ainda tenho esperanças de que um espírito de coragem desça em mim, faça-me falar, faça-me concluir a partir de uma análise direta do material bruto. Enquanto isso não acontece, sonho com o dia em que obterei essas respostas.