Eu me pergunto se algum dia vou encontrar o silêncio. Eu me deito e espero perder o controle da minha mente e estou rodeada de sons. Se não é o barulho da estrada que está a alguns metros de mim, é o barulho da minha mente gritando coisas que eu quero esquecer. Eu quero parar de pensar por 5 minutos. Eu quero silêncio. Não quero nem o zum zum de um mosquito.
Quando finalmente acho que o silêncio chegou, a minha mente me prega a maior das peças: ela começa a sonhar. Ela fuça nos cantos mais obscuros e traz à tona coisas que eu nem lembrava mais. Pra quê? Não sei.
Aliás, sonhos. Como são engraçados. Meu consciente sempre começa eles. Depois o inconsciente decide se a história é boa ou não e se deve ser continuada. Eu sempre me imagino no futuro e, estranhamente, eu nunca tenho rosto. Talvez eu ache que eu vá mudar muito em 10 anos, não sei. Mas o lance de sempre ser no futuro é bem interessante. Por que eu iria querer sonhar com o meu presente? Acho que o presente não precisa estar no inconsciente tanto quanto precisa estar no meu pensamento nas outras horas do dia, em que milhares de pensamentos passam pela minha mente.
Estranho, né? Pensar que nunca estarei no silêncio (ao menos em vida, né, hahaha). Mas eu queria um pouco de silêncio. Só 5 minutos. É pedir demais?
Amizade é um assunto delicado. Quem nunca achou que ia ser para sempre e, do nada, acabou? Muitas vezes tentei segurar com todas as forças pessoas que eram tudo para mim. Tentava marcar eventos para que pudéssemos continuar juntos, mas a pessoa simplesmente arrumava as piores desculpas, que nem, ao menos, tinham um tom de arrependimento. Insistir se torna chato. Eu me sentia mais chata do que rejeitada quando corria atrás dessas pessoas. Para mim aquilo não era um esforço. Era o mínimo que eu poderia fazer. Com o tempo, óbvio, a gente percebe que a vida muda, os caminhos percorridos mudam e não há como manter tudo da mesma forma que era antes.
O mais engraçado é que, em muitos casos, depois que parei de encher o saco, muitos desses amigos falaram comigo, tentando manter a amizade. E o pior de tudo é que eu não tinha mais paciência. Não tinha assunto e nem procurava ter o que falar.
É a famosa e paradoxal lei da insistência. Parece que quando a gente desiste, a pessoa se toca e vem atrás.
Recentemente, como forma de certo “consolo” uma amiga me mandou a letra de uma de nossas músicas preferidas, o Amanhã Colorido, que diz assim: “não desista de quem desistiu”. Aí me pergunto: será? Para uma pessoa chegar ao patamar “amigo” é por que ela é importante o suficiente para que a luta por ela seja válida. Mas eu acho meio injusto com quem não desistiu. Sei lá. É dolorido ver pessoas se afastando sem motivo. Acho que, muitas vezes, o problema está na comunicação. Aliás, o problema 99% das vezes é por causa da comunicação, ou a falta dela. Poxa, fala o que tem de errado. Ainda mais se as pessoas estão preocupadas e tristes com isso. Isolar-se não resolve nada. Só faz os outros, por fim, desistirem de quem já desistiu e aí acaba. Sem motivos aparentes.
01 março, 2012
Hoje uma notícia me entristeceu.
Tudo começou há 7 meses quando comecei meu primeiro estágio. Estava muito feliz, mas com muito medo. Medo de não me adaptar, medo de não ser aceita. Grande bobagem! De cara fui recebida muito bem. Em especial, tinha uma pessoa que sentava praticamente do meu lado. Logo ela me mandou um e-mail com as informações mais importantes e me ajudou o tempo todo. Com o tempo, o gelo derreteu e começamos a construir uma amizade muito bonita.
Amanhã minha amiga Rafaela Kley encerra a participação dela como estagiária do IHU. Sei que ela precisa seguir o caminho dela, que, com certeza, será de muito sucesso, mas eu não queria vê-la partir tão cedo. As manhãs não serão as mesmas, a corrida matinal pelo café também não. Aquele canto da sala ficará vazio.
Querendo ou não, assim é a vida. Nada é permanente, a vida segue sempre em busca do melhor. Porém, a amizade permanece, as lembranças serão eternas e a torcida e admiração também.
Rafinha, admiro-te demais. Muito obrigada por tudo sempre. Tu deixarás saudade, mas sempre estarás no meu coração (e também nos veremos de noite pelo campus, hahahaha).
Achei um pedaço de papel com um textinho que escrevi durante uma aula no ano de 2009. Achei muito engraçado, quero compartilhar.
Domingo fui dormir com dor de cabeça. Pensei que uma boa noite de sono seria a solução para aquela dor aguda (se é que assim posso definir). Estava enganada. Até as 3 da manhã (quando fui tomar um paracetamol) meu sonho praticamente retratou minha dor: era eu indo embora da escola por estar com dor de cabeça e encontrando o Warrick (ex- CSI), que, supostamente, era a minha carona para casa. Após o remédio fazer efeito, retomei o embalo dos sonhos meio loucos, dos quais não me recordo. Mas de uma coisa eu lembro: o grand finale. "Todos estão tranquilos em Townsville (algo meio 'Meninas Superpoderosas'), exceto Natália que está com uma terrível dor de cabeça". Acordei rindo. Impossível não sorrir mediante tantas maluquices sonhadas em uma noite só.
2012 começou estranho. Um sentimento de desânimo tomou meu corpo como não havia há meses. Eu sei a culpada disso tudo. É a primavera que faz a gente sonhar demais para no calor do verão tudo derreter. No outono vai sempre como sempre é, as folhas caindo no quintal, só não o meu amor, porque ele é imortal. RSSSS. Desculpa, não resisti plagiar um pouco Sandy & Junior.
Então, até a palavra "derreter" tava sério esse post. Eu fui contaminada por uma TPM extendida. Não sei o que causou isso. Só não tive mais vontade de levantar da cama de manhã, de trabalhar. Até que um dia eu estava a caminho do trabalho e ouvindo uma música meio que acordei: se eu continuar com essa postura, certo que esse ano vai ser uma porcaria. 2011 só foi maravilhoso porque eu fui atrás disso, mantive-me positiva diante dos desafios e me dei bem. Enfim, depois de uma semana com pena de mim mesma eu me toquei do quão ridícula eu estava sendo.
A novidade desse verão é que estou tomando café. Sim, café preto. Nunca gostei e ainda não gosto, mas está virando necessidade. Eu sei que isso é a informação mais inútil que vocês leram hoje, mas tô nem ae. Agora já leu, hahaha. Brinks, eu sei que ninguém lê meu blog. As vezes eu recebo uns comentários, mas a decepção é grande quando vejo que é só propaganda para eu visitar o blog da outra pessoa. Tudo bem, pode vir fazer propaganda, mas, PELO MENOS, leia a postagem, faça um comentário sobre o pensamento que expus. Eu faço questão de não visitar o blog de vocês quando recebo uma mensagem dessas. Poxa, falta de consideração esse fingimento. Tudo bem que posso escrever nada com nada, mas eu escrevo o que eu gosto aqui, tenho um carinho gigante por todas as postagens. Elas não foram vomitadas aqui. Foram pensadas, elaboradas (as vezes nem tanto). Enfim, momento revolts, haha.
Mas isso tudo é coisa das férias. É muito pensamento para pouco contato com amigos e muito ócio, haha. Inclusive foi esse ócio que me fez gravar o vídeo abaixo:
Essa música é simplesmente fantástica. Na voz da Adele, aquela linda, nem se fala. E ela diz tanto, sabe. Não só a letra. A melodia me leva a uma reflexão muito profunda. E aí vejo como a música tem poder. A música é a alma da pessoa falando. E, por incrível que pareça, as pessoas sentem de modos extremamente similares. Incrível porque a gente é tão único, mas no fim, todo mundo é tão parecido. Isso faz sentido? Cada um com um código genético único entre bilhares de pessoas...mas buscando, no fundo, as mesmas coisas. Nossa, estou confusa com meu próprio pensamento. HAHAH Colocar em palavras o que está na cachola nem sempre é simples. Enfim, essa música é apaixonante. Quem nunca se sentiu assim por uma pessoa? Disposta a fazer o que fosse para que ela sentisse seu amor? Certo que sim. Porque a vida é assim. Milhares de decepções até, quem sabe, um acerto. Vejam a versão da diva master:
Demais, né? Adele diz ao ser questionada pelo seu tipo físico que ela canta para ser escutada e não vista. Olha, só posso dizer que essa mulher é foda. Ela é a heroína de todas as pessoas que estão cansadas de se sentirem fora dos padrões de beleza da sociedade. A verdade é que muita gente pensa isso e fala, mas falta alguém com "status" liderar a causa. Adele está aí, linda, glamurosa, elegante para colocar todas as "mulher-fruta" no chinelo. Aliás, sem querer ofender, mas que tipo se pessoa de expõe desse jeito para conseguir fama??? Isso é se HUMILHAR. Mulheres, tenham amor próprio. Chega de fotos "sensualizando" no facebook. Ganhar 37219837982312 likes e ser assediada por qualquer mané te faz feliz? Que felicidade estranha. É nesses momentos que vem a frase "não julgue ninguém" na cabeça. Tá, vou tentar não julgar. Fim de papo.
Eu achei que eu não tinha nada pra escrever no blog e vim aqui só pra inaugurar as postagens pro ano de 2012. Afinal, eu tenho o que falar. E teria muito mais. Mas estou com sono e vos deixo. Acho que vou ter que fazer isso mais vezes, hahah.